EDUCAÇÃO - "Greve nas escolas estaduais já afeta férias de julho e sábados"
Estado precisa garantir o mínimo de 200 dias letivos na rede pública e para isso precisará avançar nas horas de descanso
A segunda etapa da greve dos professores no Paraná completa 18 dias
nesta quinta-feira (14) e a Secretaria de Estado da Educação (Seed) ainda
aguarda o retorno dos docentes às aulas para definir como será feita a
reposição do conteúdo. Considerando o cenário atual, a Seed disse à reportagem
que o recesso de julho deve ficar comprometido, além de parte dos sábados.
“Cada Núcleo de Educação terá uma realidade diferente e os detalhes precisarão
ser acertados, pois há casos de escolas abertas, fechadas, ou em funcionamento
parcial. A intenção é o calendário fechar até 23 de dezembro, mas isso só será
possível de definir com precisão após o fim da paralisação”, disse a Seed em
nota. O Estado é obrigado a fornecer no mínimo 200 dias letivos aos alunos da
rede pública. A primeira greve de 2015 durou 29 dias, entre fevereiro e março,
e consumiu 18 dias letivos. Devido à primeira greve, um novo calendário escolar
foi elaborado. Foram aprovadas três mudanças principais: uma das duas semanas
das férias de julho foi cortada; em dezembro, as aulas foram esticadas em mais
uma semana, sendo levadas até o dia 23; e recessos ligados a feriados também
foram cortados. A segunda greve de 2015, considerada uma continuação da
anterior, foi deflagrada em 27 de abril. Sem contar o feriado de 1.º de maio, a
segunda etapa da greve já consumiu mais 13 dias letivos. Em reunião no dia 7
entre a nova secretária de Educação, Ana Seres Trento Comin, e representantes
da APP-Sindicato, entidade que representa os servidores da educação, ficou
definido que um novo calendário escolar será formatado em conjunto. Ou seja, a
ideia é que o sindicato e o governo estadual negociem as datas.