sexta-feira, 15 de maio de 2015

EDUCAÇÃO - "Greve nas escolas estaduais já afeta férias de julho e sábados"

Estado precisa garantir o mínimo de 200 dias letivos na rede pública e para isso precisará avançar nas horas de descanso
A segunda etapa da greve dos professores no Paraná completa 18 dias nesta quinta-feira (14) e a Secretaria de Estado da Educação (Seed) ainda aguarda o retorno dos docentes às aulas para definir como será feita a reposição do conteúdo. Considerando o cenário atual, a Seed disse à reportagem que o recesso de julho deve ficar comprometido, além de parte dos sábados. “Cada Núcleo de Educação terá uma realidade diferente e os detalhes precisarão ser acertados, pois há casos de escolas abertas, fechadas, ou em funcionamento parcial. A intenção é o calendário fechar até 23 de dezembro, mas isso só será possível de definir com precisão após o fim da paralisação”, disse a Seed em nota. O Estado é obrigado a fornecer no mínimo 200 dias letivos aos alunos da rede pública. A primeira greve de 2015 durou 29 dias, entre fevereiro e março, e consumiu 18 dias letivos. Devido à primeira greve, um novo calendário escolar foi elaborado. Foram aprovadas três mudanças principais: uma das duas semanas das férias de julho foi cortada; em dezembro, as aulas foram esticadas em mais uma semana, sendo levadas até o dia 23; e recessos ligados a feriados também foram cortados. A segunda greve de 2015, considerada uma continuação da anterior, foi deflagrada em 27 de abril. Sem contar o feriado de 1.º de maio, a segunda etapa da greve já consumiu mais 13 dias letivos. Em reunião no dia 7 entre a nova secretária de Educação, Ana Seres Trento Comin, e representantes da APP-Sindicato, entidade que representa os servidores da educação, ficou definido que um novo calendário escolar será formatado em conjunto. Ou seja, a ideia é que o sindicato e o governo estadual negociem as datas.