quarta-feira, 20 de maio de 2015




Governo do PR mantém reajuste de 5%, e reunião termina sem acordo

Representantes dos professores se reuniram na Casa Civil nesta terça (19).
Servidores fizeram ato contra o governador Beto Richa (PSDB), em Curitiba.

 Professores fazem passeata em Curitiba  (Foto: Andressa Almeida / RPC ) 

A reunião realizada entre representantes dos professores da rede pública estadual e o Governo do Paraná, nesta terça-feira (19), acabou, mais uma vez, sem acordo. O governo manteve a proposta de reajuste salarial de 5%, enquanto os grevistas pedem aumento 8,17% por conta da reposição da inflação. A categoria paralisou as atividades no dia 25 de abril.

O encontro – realizado na Casa Civil, no Centro Cívico de Curitiba – começou às 11h30 e acabou por volta das 14h.

"Nossa indignação só aumenta. O governo, reunido com o chefe da Casa Civil [Eduardo Sciarra], o secretário da Fazenda [Mauro Ricardo Costa] e o líder do governo [o deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB)], não tem proposta. Na nossa avaliação, não há como aceitar porque não se sabe quando vão pagar", afirmou Marlei Fernandes de Carvalho, uma das representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), logo após o fim do encontro

 "Fizemos um longo debate sobre os números. O secretário Mauro Ricardo apresentou a situação e pediu compreensão. Dissemos que nossa compreensão é a greve", completou Marlei.

O governo voltou a afirmar que não tem como pagar mais do que o 5% proposto.

Antes do início da reunião, a administração estadual disse ainda que faria um apelo para que os professores retomem as atividades imediatamente, a fim de evitar maiores prejuízos para os mais de um milhão de estudantes que estão sem aula.

"A greve continua porque nao houve nenhuma proposta real. A reunião foi uma agressão. Não temos qualquer condicao de voltar as aulas. Estamos insistido com os demais servidores da importância da greve geral. Não daremos trégua na luta pelos nossos direitos", declarou o presidente da App-Sindicato, o professor Hermes Leão.