sexta-feira, 8 de maio de 2015

PARANÁ - "SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PEDE A VOLTA ÁS AULAS"

Em seu primeiro dia de trabalho à frente à Secretaria Estadual da Educação, a professora Ana Seres fez um apelo pela volta às aulas e disse que solicitou do Governo do Estado que os descontos das faltas nos salários dos professores só sejam rediscutidos a partir da folha de junho. Em entrevista coletiva, logo após ter sido confirmada no cargo pelo governador Beto Richa, a professora pediu aos professores que encerrem a paralisação, pois cerca de 1 milhão de alunos da rede pública estadual já tiveram o calendário escolar bastante prejudicado com a primeira greve, de 29 dias. “Quero contar com a confiança de todos os professores, funcionários, alunos e pais do Paraná. Vamos trabalhar com integração e diálogo para mostrar que é possível executar um ensino de qualidade”, afirmou a professora Ana Seres. “Faço esse apelo aos meus colegas e peço o envolvimento de toda a comunidade, pelo bem de nossos estudantes.” Formada em matemática pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Ana Seres lecionou na escola pública por 40 anos. Em seguida, atuou como chefe de Núcleo em Pato Branco. Há pouco mais de um mês, assumiu a Superintendência da Educação. É com base na experiência de quatro décadas na docência e como chefe de Núcleo Regional da Educação que ela pediu um voto de confiança aos profissionais da educação do Paraná. FALTAS – Segundo Ana Seres, o pedido de suspensão dos descontos no salário se deve ao fato de que nem todos os diretores repassaram os relatórios com as ausências aos Núcleos Regionais de Educação. Portanto, alguns educadores teriam descontos já neste contracheque e outros não. Para evitar tratamento desigual, a secretária pediu a suspensão das faltas, por enquanto. Os descontos serão rediscutidos a partir da folha de junho. “Isso ainda depende do entendimento da Justiça em relação à greve”, esclareceu. “Considerando nosso sistema de folha de pagamento, não seria justo só lançar parte das faltas, uma vez que há uma discussão judicial em torno da questão”, disse.