quarta-feira, 24 de junho de 2015

Após greve, UFJF fará pré-matrícula online até quinta-feira

Em nota, a universidade afirmou que reconhece a legitimidade da greve.

Acordo foi definido nesta terça-feira (23). 
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realiza nesta quarta (24) e quinta-feira (25) a pré-matrícula online para aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). De acordo com a instituição, o procedimento deve ser feito através do site ingressosisu.ufjf.br.

 Após suspensão do processo de matrículas em função de greve dos servidores técnico-administrativos em educação (TAE), a Administração Superior da UFJF e o Comando Local de Greve firmaram acordo nesta terça-feira (23) que garante a realização do procedimento via internet.

Em nota, a universidade afirmou que reconhece a legitimidade da greve. "A UFJF reafirma seu apoio ao movimento nacional de greve dos TAEs e a permanente disposição ao diálogo com seus representantes."
A internet virou caminho para que os alunos garantam as vagas nas instituições e driblem a greve de funcionários. De acordo com a universidade, todos os candidatos foram informados de que as inscrições estão sendo realizadas normalmente. "Eles foram convocados para concorrer a vagas de 79 opções de cursos, turnos e polos da universidade. Não há previsão de prorrogação de data", informou a instituição.

Boicote
O comando nacional de greve da Federação de Sindicatos dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) orientou funcionários a não aceitar as inscrições dos candidatos aprovados no Sisu.
De acordo com a Fasubra, a pré-matrícula via internet é uma estratégia dos reitores das universidades para "minar a orientação". A federação garante que a instrução de barrar as inscrições permanece e que está sendo discutido o posicionamento das universidades.
A UFMG e UFRJ são as instituições com maior número de candidatos inscritos no Sisu. Ao todo, 315.691 estudantes se inscreveram para concorrer as 6.445 vagas oferecidas pelas duas universidades.

Greve
Desde maio, 48 das 63 universidades federais tiveram a rotina alterada em função de greves. Em 30 instituições apenas funcionários responsáveis por laboratórios, bibliotecas e áreas administrativas pararam suas atividades.
Os servidores pedem reajuste salarial, reestruturação da carreira e aumento de investimentos nas federais. Ao longo dos próximos dias, professores e servidores das demais universidades federais devem fazer assembleias para decidir se participam ou não do movimento nacional.