terça-feira, 23 de junho de 2015

Último minuto de junho terá 61 segundos por rotação da Terra

Desde 1972, 26 segundos foram adicionados; última vez foi em 2012 Foto: Nasa/ NOOA / Divulgação 

O último minuto do mês de junho de 2015 durará 61 segundos. Um fenômeno que se explica especialmente pela rotação irregular da Terra muito mais disciplinada do que os relógios atômicos. 
 Mas o processo que consiste em acrescentar um segundo suplementar para conectar as duas escalas de tempo, a da natureza e a da tecnologia, é alvo de críticas e suas horas podem estar contadas.

Em todos os países do mundo, na madrugada de 30 de junho para 1 de julho, em Tempo Universal Coordenado (UTC), antes chamado de GMT, o minuto entre 23h59 e 00h00 durará um segundo a mais que o normal.
As pessoas não notarão a diferença, contudo. "Mas caso sejam muito minuciosos, podem sempre definir seu relógio para o segundo exato chamando o relógio de voz", disse à AFP Daniel Gambis, diretor do Serviço de Rotação da Terra, encarregado de decidir sobre o nível internacional da adição destes segundos bissextos.
No entanto, "os grandes sistemas de navegação por satélite, os principais sistemas de sincronização de redes de computadores, devem levar em conta esta alteração, correndo o risco de 'erros'", explicou Gambis cujo serviço é baseado em Observatório de Paris.
Com este segundo adicional, tenta-se conciliar duas escalas de tempo, a medição do Tempo Universal (UT), com base na rotação da Terra e sua posição em relação às estrelas, e a do Tempo Atômico Internacional (TAI), definido a partir de 1971 por um sistema de relógios atômicos.
Quando foi estabelecida mundialmente, a convenção do Tempo Universal Coordenado (UTC) em 1972, também se acordou que a defasagem entre ambas escalas não poderia ultrapassar um nível de 0,9 segundos. Caso contrário, um segundo suplementar deve ser adicionado.