A senadora Gleisi Hoffmann (PT) jogou água no chope da comitiva do
governo Beto Richa (PSDB) que desembarca nesta quarta-feira (1º), em
Brasília, com o intuito de prorrogar os contratos do “pedágio mais caro do mundo” no Paraná.
O grupo liderado pela vice-governadora Cida Borghetti (PROS) e o
chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra (PSD), vai pedir ao ministro dos
Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, mais 20 anos de exploração de pedágio nas rodovias paranaenses em troca de investimentos.
A viagem acontece um dia após a Comissão de Assuntos Econômicos do
Senado (CAE) aprovar requerimento da senadora Gleisi solicitando a
presença do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Augusto
Nardes, para explicar o motivo de o órgão ainda não ter cobrado do
governo do Paraná, conforme determinação em acórdão de 2012: reduzir o lucro das empresas, considerado exorbitantes, e baixar o preço dos pedágios.
“Isso, em outras palavras, quer dizer que os investimentos desejados
pelo setor produtivo já deveriam ter sido feitos. Prorrogar pedágio para
fazê-los é cobrar da população duas vezes”, afirmou ao Blog do Esmael a senadora Gleisi Hoffmann.
A prorrogação do pedágio foi colocada na pauta política pelo chefe da
Casa Civil do Paraná quase ao mesmo tempo em que caiam bombas na cabeça
de professores no Centro Cívico (clique aqui para relembrar). Em 2013, a presidenta Dilma Rousseff (PT) já havia dito NÃO
ao próprio governador Beto Richa, em pedido semelhante, que beneficiava
as concessionárias em detrimento dos usuários das rodovias paranaenses.