sexta-feira, 29 de abril de 2016

REGIÃO -"NOVO COMANDO DA PM EM APUCARANA"
AEN - A partir do ano que vem, os produtores paranaenses não poderão mais fazer o plantio de soja sobre lavouras de grãos recém ­colhidos, a chamada safrinha. Portaria publicada pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) adota a calendarização do plantio e colheita da soja para evitar prejuízos com a ferrugem asiática, que está se tornando resistente à aplicação de fungicidas. O novo calendário, que entra em vigor no ano agrícola de 2016/2017, prevê um só período de semeadura, entre 16 de setembro e 31 de dezembro, e colheita ou interrupção do ciclo da cultura da soja até 15 de maio. Para a Adapar, é necessário ampliar o vazio sanitário, período em que não se planta a soja para proteger o grão. O Paraná é o segundo maior produtor de soja do Brasil, atrás apenas do Mato Grosso do Sul. Na safra 2014/2015 foram colhidas 17 milhões de toneladas no estado, gerando lucros de R$ 15 bilhões de reais. O diretor de Defesa Agropecuária da Adapar, Adriano Riesemberg, explica que é durante a safrinha que a planta fica mais suscetível à ferrugem, que é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, e é também quando os produtores mais aplicam fungicidas. "Para que não se perca de uma vez a eficácia desses produtos, o Paraná está coibindo a safrinha, pelo menos por alguns anos, até que surja uma molécula nova no mercado que permita a sobrevida desses fungicidas", disse. "Se não tomarmos esta medida, corremos o risco de não fazer mais o controle da doença, o que comprometeria toda a produção de soja do Paraná, resultando em um grande desastre econômico para o Estado", ressalta.