segunda-feira, 23 de maio de 2016

IVAIPORÃ - "JULGAMENTO NA COMARCA"
Homem que matou esposa com golpes de facão em Jardim Alegre sai em liberdade, após ser julgado pelo Tribunal do Júri
 JORNAL PARANÁ CENTRO (LÚCIA LIMA) - No dia 20 de março de 2011, uma briga de casal terminou em morte, por volta das 20h00, em Jardim Alegre, onde Carlos Alberto Félix – à época dos fatos com 38 anos, matou a esposa Norli Santos Tavares, que tinha 29 anos. A vítima foi assassinada a golpes de facão na presença da filha (2 anos), que tem mais dois irmãos. O réu, que estava preso desde a época dos fatos, foi a julgamento, na sexta-feira, dia 20 de maio. O Tribunal do Júri da Comarca de Ivaiporã foi presidido pela juíza Adriana Marques dos Santos, tendo como promotor de Justiça, Cleverson Tozatte, e advogados de defesa Marcelo Reis e Tiago Cobianchi Ribeiro. Carlos Félix foi a julgamento acusado de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e cruel – Artigo 121 do Código Penal, Incisos I e III, e de tentativa de homicídio contra Celso de Oliveira, o qual foi o primeiro a depor. Mas afirmou que o réu não teve intenção de matá-lo, uma vez que estava transtornado, contradizendo o que havia dito em depoimento gravado na época dos fatos. Segundo Celso de Oliveira, o réu Carlos Félix sempre foi uma pessoa pacata, trabalhadora e que, no dia 20 de março de 2011, tentou cometer suicídio, após matar a esposa. Mas saiu em liberdade, uma vez que os jurados acataram a tese dos advogados de defesa – crime privilegiado, com atenuante na pena. O julgamento começou por volta das 09h30 e terminou às 16h30, quando Carlos Félix foi condenado a 9 anos de prisão por homicídio qualificado pela crueldade. Mas os jurados acataram a tese dos advogados de defesa – crime privilegiado, com atenuante na pena. Além disso, o réu cumpriu 5 anos de prisão. Durante esse período, permaneceu na carceragem da 54ª Delegacia de Polícia Civil de Ivaiporã, onde nunca se envolveu em confusão. Também ficou desclassificada a tentativa de homicídio contra Celso de Oliveira. O sargento da Polícia Militar, Marcelo Kazmierczak, que estava de plantão na noite dos fatos, reafirmou em depoimento aquilo que havia declarado no dia 20 de março de 2011. Ou seja, explicou que a briga começou dentro da residência do casal, na Rua Ivaiporã, em Jardim Alegre, onde a vítima saiu correndo de casa e o marido estava atrás, ameaçando-a com um facão. Norli Santos Tavares foi assassinada em via pública, atingida na face com o facão que era usado no corte da cana. Quando a vítima caiu, o marido atingiu a nuca. Depois, Carlos Félix tentou cometer suicídio aplicando 8 golpes de faca no próprio corpo. No dia do crime, três vizinhos presenciaram a briga e tentaram interferir, mas acabaram feridos. Noemia Nunes de Oliveira, 56 anos, teve um corte na mão; Cleonice de Oliveira Borges Mariano, 30 anos, teve cortes nos dedos; e Celso de Oliveira, 40 anos, foi ferido nas costas. O Paraná Centro lembra que a idade dos vizinhos remonta à data do crime.