ESTADÃO - Terminou sem acordo a terceira reunião entre representantes dos caminhoneiros e o governo federal para
discutir questões relacionadas ao preço do frete. De acordo com o representante dos caminhoneiros autônomos,
Jamir Botelho, o governo não aceitou a definição de uma tabela de preços mínimos para o frete. "A resposta que
tivemos é de que pode haver apenas uma tabela de referência. Reconhecemos que o governo tem se esforçado,
mas nos sentimos derrotados", afirmou Botelho após reunião na sede da Agência Nacional de Transportes
Terrestres(ANTT).
Na saída da reunião, diversos caminhoneiros deram as mãos e gritaram: "O Brasil vai parar". A categoria ameaça
voltar a bloquear as rodovias a partir desta quinta - feira, 23, como aconteceu no começo do ano.
O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Centro Oeste, Gilson Baitaca, confirmou que a
categoria está preparada para começar as paralisações nas rodovias a partir da zero hora desta quinta. "As tendas
já estão armadas e a categoria já está preparada", afirmou.
O sindicalista defendeu ser possível o estabelecimento de um preço mínimo de frete, embora o governo julgue a
proposta dos caminhoneiros inconstitucional. "Existem produtos tabelados como o cigarro e o que queremos é
uma tabela de custos do transporte. Seria um preço mínimo e, a partir desse patamar, haveria livre concorrência",
completou. |