Cerca de 24 horas depois do confronto entre Polícia Militar e professores em Curitiba, no Paraná,
o governador Beto Richa (PSDB) sancionou na quinta-feira (30) a lei que
altera a previdência do funcionalismo público estadual. No momento em que a matéria era votada e aprovada na Assembleia Legislativa na quarta-feira (29), a PM reprimiu com balas de borracha e bombas de efeito moral um protesto de professores no Centro Cívico, na capital paranaense. O confronto deixou cerca de 170 pessoas feridas, entre manifestantes e policiais. "Não entendemos como fato consumado. Estamos tomando todas as medidas cabíveis, ações jurídicas e políticas para reverter isso", declarou Tereza Lemos, secretária de organização do APP (Associação de Professores do Paraná). Segundo ela, a categoria aguarda posicionamento do Ministério da Previdência Social sobre a legalidade da lei. Os professores esperam que o ministério, que fiscaliza as previdências, constate irregularidades. O governo paranaense havia conseguido na Justiça a autorização para impedir manifestantes de acompanharem, na Assembleia Legislativa, a votação do projeto. Cerca de 2.000 policiais militares cercaram a sede do Legislativo. A PM rebateu as críticas sobre o "uso desproporcional" da força na ação que impediu a entrada de manifestantes na Assembleia. Richa defendeu a ação da PM e a atribuiu a violência à ação de black blocks. Os professores da rede estadual do Paraná estão em greve desde o último sábado (25) em protesto contra as mudanças na previdência. |
sexta-feira, 1 de maio de 2015
24h após confronto, Beto Richa sanciona lei que altera previdência estadual 82
29.abr.2015 - Pessoa ferida durante ato em Curitiba. Policiais militares
jogaram bombas de gás e atiraram balas de borracha contra professores
da rede estadual de ensino e servidores em greve que protestavam na
praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, contra projeto, já
aprovado, que autoriza o governador Beto Richa (PSDB) a usar recursos do
fundo de pensão ParanaPrevidência como parte das medidas de austeridade
e ajuste fiscal. Centenas de manifestantes ficaram feridos
ParanaPrevidência como parte das medidas de austeridade e ajuste fiscal.
Centenas de manifestantes ficaram feridos