sexta-feira, 1 de maio de 2015

24h após confronto, Beto Richa sanciona lei que altera previdência estadual 82

29.abr.2015 - Pessoa ferida durante ato em Curitiba. Policiais militares jogaram bombas de gás e atiraram balas de borracha contra professores da rede estadual de ensino e servidores em greve que protestavam na praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, contra projeto, já aprovado, que autoriza o governador Beto Richa (PSDB) a usar recursos do fundo de pensão ParanaPrevidência como parte das medidas de austeridade e ajuste fiscal. Centenas de manifestantes ficaram feridos ParanaPrevidência como parte das medidas de austeridade e ajuste fiscal. Centenas de manifestantes ficaram feridos  



Cerca de 24 horas depois do confronto entre Polícia Militar e professores em Curitiba, no Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) sancionou na quinta-feira (30) a lei que altera a previdência do funcionalismo público estadual.
No momento em que a matéria era votada e aprovada na Assembleia Legislativa na quarta-feira (29), a PM reprimiu com balas de borracha e bombas de efeito moral um protesto de professores no Centro Cívico, na capital paranaense.
O confronto deixou cerca de 170 pessoas feridas, entre manifestantes e policiais.
"Não entendemos como fato consumado. Estamos tomando todas as medidas cabíveis, ações jurídicas e políticas para reverter isso", declarou Tereza Lemos, secretária de organização do APP (Associação de Professores do Paraná).
Segundo ela, a categoria aguarda posicionamento do Ministério da Previdência Social sobre a legalidade da lei. Os professores esperam que o ministério, que fiscaliza as previdências, constate irregularidades.
O governo paranaense havia conseguido na Justiça a autorização para impedir manifestantes de acompanharem, na Assembleia Legislativa, a votação do projeto. Cerca de 2.000 policiais militares cercaram a sede do Legislativo.
A PM rebateu as críticas sobre o "uso desproporcional" da força na ação que impediu a entrada de manifestantes na Assembleia. Richa  defendeu a ação da PM e a atribuiu a violência à ação de black blocks.
Os professores da rede estadual do Paraná estão em greve desde o último sábado (25) em protesto contra as mudanças na previdência.