sábado, 9 de maio de 2015
PARANÁ - BETO RICHA SOBRE REPRESSÃO À PROFESSORES: "SOFRO COM ISSO"
TERRA - O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), se manifestou nesta
sexta-feira, pelo Facebook, sobre a crise pela qual passa seu governo,
após as saídas dos secretários de Educação e Segurança Pública e do
comandante geral da Polícia Militar (PM), ocasionadas pela repressão
violenta da PM a uma manifestação de professores no dia 29 de abril, em
Curitiba. As informações são do Terra.
“Tenho consciência que nada
apagará da minha alma a tristeza que sinto com este episódio, lamentável
sob todos os lados. Não pouparei esforços para restabelecer o diálogo
com os servidores e com a sociedade paranaense, porque é nisso que eu
acredito, no entendimento, na busca do bem comum”, escreveu o
governador.
Esta foi a primeira manifestação de Richa condenando o episódio. Logo
após a repressão policial, que terminou com ao menos 170 manifestantes
feridos, o governador culpou “black blocs” infiltrados no protesto pelo
início da violência.
“Toda e qualquer forma de violência deve ser repudiada. Sofro com
isso mais do que você possa imaginar. Quem me conhece sabe que sempre
fui uma pessoa acessível, aberta, uma pessoa do diálogo. A verdade é que
o confronto nunca é desejável. Principalmente para quem, como eu,
cultiva valores éticos e cristãos. Sempre acreditei que o respeito às
ideias divergentes é um dos pilares da democracia e não posso concordar
jamais com atitudes que coloquem em risco a vida de alguém. Venha de
onde vier, a violência e a intolerância são sempre condenáveis.”,
continuou o tucano.
Os docentes do Estado estão em greve e têm recebido demonstração de
apoio de diversos setores da sociedade paranaense. O desgaste do governo
pelo episódio fez o então secretário de Segurança Pública, Fernando
Francischini, e o comandante geral da PM, Cesar Vinicius Kogut, trocarem
acusações. Francischini afirmara que não teria sido informado da ação
da PM. Kogut e outros 15 coroneis da corporação assinaram um manifesto
de repúdio às declarações do secretário, relatando que ele esteve a par
de toda a estratégia adotada. Ambos acabaram caindo, assim como já havia
deixado o cargo o secretário de Educação, Fernando Xavier Ferreira.